A UBC fechou em dezembro passado uma parceria com a plataforma sueca Session Studio, que ajuda a coletar informações vitais para creditar adequadamente o trabalho dos criadores de uma música. Na prática, isso ajuda a identificar melhor os participantes e, consequentemente, potencializa as arrecadações de direitos autorais. A parceria permitiu uma integração exclusiva das ferramentas da Session ao Portal do Associado da UBC. O acesso já está disponível.
A parceria, que tem exclusividade de um ano, é um grande passo para garantir que os criadores brasileiros tenham todo o suporte possível durante o processo criativo. Os membros agora podem se inscrever no aplicativo Session Studio por meio do Portal do Associado, que verifica automaticamente seus identificadores chave e os envia à plataforma mediante autorização do titular da UBC. Por meio do aplicativo Session (web e móvel), os criadores brasileiros podem capturar dados de músicas e gravações no momento da criação e entregá-los a empresários, gravadoras, editores, CMOs e provedores de serviços digitais, como o SoundCloud, sabendo que seus dados são 100% precisos e verificados.
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No site da UBC, todos os detalhes sobre a parceria e as funcionalidades da Session
O Spotify agregou mundialmente 10 milhões de novos assinantes premium à sua base no quarto trimestre de 2022, finalizando o ano com inéditos 205 milhões de pagantes. São quase 14% mais que em dezembro de 2021, uma expansão acima do esperado e que marca uma forte aceleração em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando o crescimento foi de só 1,11%. Os números, parte do balanço trimestral da empresa divulgado no início de fevereiro, provocaram rápida reação do mercado, com valorização das ações da empresa em Estocolmo e São Paulo, por exemplo.
Segundo um comunicado divulgado pela companhia, o aumento no número de assinantes tem direta relação com promoções e a expansão na adesão aos planos familiares. O crescimento foi liderado pela América Latina.
O número de usuários ativos mensais — que combina os pagantes aos usuários fremium (os que não pagam e, por isso, precisam escutar anúncios) — também surpreendeu e alcançou 489 milhões, um salto anual de 20%. A previsão da própria companhia era ter fechado 2022 com 479 milhões de usuários ativos mensais. Com isso, o Spotify agora prevê ultrapassar a cifra de meio bilhão de usuários mensais ainda neste primeiro trimestre de 2023.
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Outros detalhes do balanço do Spotify no site da UBC
Shakira lançou numa quinta-feira de janeiro passado sua nova canção — uma colaboração com o estelar produtor argentino Bizarrap. Um dia depois, já era simplesmente a mais tocada do mundo no Spotify. Foi a segunda vez em poucos meses que uma estrela latina – a primeira foi Anitta, em março, com “Envolver” — chegou ao top 50 global da maior plataforma de streaming do planeta de forma meteórica. Mas tudo faz pensar que essas aparições serão cada vez mais frequentes.
Ano passado, hits cantados em espanhol — sobretudo do gênero reggaeton (ou reguetón), mas também de rap, trap e pop — alcançaram a inédita marca de 6% do mercado americano, salto de 34% em dois anos, nas contas da consultoria Luminate (antiga Nielsen Music). Das 25 maiores turnês mundiais do ano, três (12%) foram de música latina. No Brasil, os números ainda são menos explosivos, mas igualmente inéditos.
“A música hispânica chegou a 1% fixo do mercado brasileiro. Se surge um 'Despacito' (Luis Fonsi) ou um 'Malamente' (Rosalía), a coisa muda, cresce bastante. Mas 1% fixo é sem precedentes, sempre foi menos”, diz Paulo Junqueiro, presidente da Sony Music Brasil.
Segundo dados levantados pelo Spotify com exclusividade para a UBC, só em 2022 a alta nas audições de artistas latinos por aqui foi de 12%, com a espanhola Rosalía como a artista mais ouvida. A faixa “Despechá” e o disco “Motomami”, ambos dela, foram, respectivamente, o single e o álbum em espanhol mais escutados (à exceção, claro, de “Envolver”, de Anitta, também cantado no idioma de Lionel Messi).
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Outros detalhes do balanço do Spotify no site da UBC
Em janeiro deste ano, o site Music Business Worldwide divulgou um email interno enviado aos funcionários da Universal Music Group pelo chairman e CEO companhia, Lucian Grainge. Na longa carta, o executivo britânico faz críticas ao modelo de pagamento pro rata, utilizado atualmente pela maioria das plataformas, incluindo Spotify, Apple Music e Amazon. Grainge também se mostra especialmente preocupado com o alto volume de músicas novas que são disponibilizadas todo dia - em torno de 100 mil faixas - e acusa as plataformas de estarem negociando obras diretamente com produtores e artistas.
"Não há dúvidas de que o modelo de licenciamento de conteúdo para consumo na internet - no caso, o streaming - veio para ficar. É difícil hoje imaginar um futuro que fuja muito dessa realidade e, por isso, debates e tratativas para tornar a remuneração mais justa para os artistas são sempre bons", avalia Bruno Martins, coordenador do curso de Music Marketing da Escola Música & Negócios da PUC-RJ e fundador do selo Milk Music.
Coincidentemente ou não, o email aparece no momento em que as grandes gravadoras veem diminuir seu espaço no Spotify, o maior player do mercado. Segundo dados obtidos pelo site Music Ally, 75% das músicas que estão no app fundado por Daniel EK pertencem às três grandes gravadoras do mercado (Sony, Warner e Universal, somadas à Merlin, que reúne diversos selos independentes). Esse número, no entanto, já chegou a ser de 87% em 2017 e vem caindo ano após ano.
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Especialistas destrincham no site da UBC os temas abordados na carta