por_ Chris Fuscaldo • do_ Rio
O que é que uma cantora baiana faz, passado o período mais crítico de uma pandemia que a isolou por um tempo do mundo?
Idealiza um novo disco, grava-o, volta aos palcos, prepara-se para o carnaval e, sendo ela Ivete Sangalo, ainda assume pela terceira vez o posto de apresentadora de um programa de televisão. Além da estreia na mais nova edição do “The Masked Singer Brasil”, Veveta começou 2023 lançando um EP intitulado “Chega Mais Ao Vivo”, com cinco faixas que resumem a cena musical da Bahia.
A cantora almeja apresentá-lo Brasil afora, mas, antes disso, voltou ao trio elétrico. E comenta o retorno tão esperado ao carnaval da Bahia.
Seu novo EP, “Chega Mais Ao Vivo”, segue a tendência da música pop que estamos vendo e vivendo, com uma mistura boa de axé, funk, reggae e pagode. Como você define esse trabalho?
Esse disco tem um gráfico muito claro pra mim. É como se fosse um percurso de carnaval. Tem o “Só Love”, que é uma música de abertura. Tem o pagodão (“Cria da Ivete”), que é o momento em que a gente está subindo a ladeira, e a massa vai junto. Tem o samba reggae (“Batucada”). Tem o lambadão (“Se Saia”), que é bem baiana e gostosa. E tem a “Rua da Saudade”, que trata exatamente desse sentimento, de quando você vai pro carnaval e, quando acaba, se lembra dos amores todos e fica literalmente na rua da saudade.
Ivete em cena: animação a mil nesta retomada
O carnaval da Bahia finalmente voltou. Qual é a sensação de colar novamente com seu público nessa folia?
O tema que escolhi para o carnaval foi “De Volta Para o Futuro”. Uma alusão ao filme, mas também ao fato de que voltamos para nossa realidade, depois de tanta coisa. Entramos em um eixo de maiores possibilidades, de mais esperança. Saímos de um tempo de retrocesso e estamos de volta ao futuro, cuidando do presente. O ano de 2023 chegou com o pé direito, com menos retrocesso e acreditando mais no que vem pela frente. A pandemia tirou isso da gente, e a gente voltou. Apertamos o play e estamos de volta para o futuro!
A gente voltou. Apertamos o play e estamos de volta para o futuro!”
O que significa estar à frente de um programa tão lúdico e, ao mesmo tempo, profissional como "The Masked Singer Brasil" pela terceira vez?
Já é um programa de muito sucesso e tem muita potência artística, muita potência de entretenimento, muita! As fantasias são incríveis, a dinâmica do programa é incrível, os jurados são sensacionais, tem Priscilla (Alcantara), enfim, um grupo de pessoas ali engajadas na comunicação desse entretenimento, fazendo com que ele seja potencializado todo o tempo, ainda tendo a parte musical. E, partindo das experiências das temporadas anteriores, dinamizaram ainda mais o programa. Vou te falar: Matheus (Solano) e Sabrina (Sato) estavam aqui, eles só não tinham aparecido na persona, mas eles estavam com a gente desde o começo, impressionante a maneira como Sabrina chegou completamente inteirada do programa! A energia dela... Ela é uma pessoa, uma fantasia, uma alegria! Mateus chegou alegre, feliz, lindo, botando a boca no trombone mesmo, botando pra quebrar. Eles chegaram botando pra quebrar. E Thais e Edu, que já são desse time... Porque time que está ganhando, né? É um time que ganha o tempo todo.
Você está celebrando 30 anos de carreira e já deixou escapar que pretende comemorar com um registro. O que os fãs podem esperar?
Quero fazer um evento para marcar a data! Vai ter um DVDzão que vai ser massa… e mais surpresas que estou planejando. Mas, até que isso aconteça, é esse show do “Chega Mais”, que desejo levar para cada canto do Brasil e para fora do país. Ia fazer uma turnê internacional quando a pandemia começou, então, agora vai rolar•