Como o rádio está retomando o protagonismo ao abraçar o digital
por_ Eduardo Lemos• de_ LondresAs plataformas de streaming se tornaram o meio natural para ouvir novas canções ou até consumir informação através de seus podcasts em multiplicação. Por que é, então, que tanta gente continua a ouvir rádio? Mais que isso: por que é que o número de ouvintes do velho dial voltou a crescer?
Nos últimos dois anos, o mercado global de rádio parou de perder audiência, como mostrou em setembro o estudo “Audiência de Rádio: Uma Janela de Oportunidade”, publicado pela consultoria britânica MIDiA Research. A fuga de ouvintes foi intensa na década passada, marcada pela massificação das redes sociais e das plataformas digitais, e teve seu auge durante o confinamento da primeira fase da pandemia – reflexo, talvez, da queda dramática no número de deslocamentos de carro, um momento intrinsecamente ligado à experiência de ter o rádio ligado.
O controle do vírus e o retorno ao trabalho presencial, porém, mudaram radical e subitamente esse panorama, e os ouvintes têm retornado aos milhões em todo o mundo.
Além de estancar a queda de audiência, o mercado de rádio está agora conquistando novos público - num ritmo lento, é verdade, mas estável. "Com o declínio da audiência de rádio diminuindo, e até mesmo experimentando uma modesta recuperação, existe uma janela de oportunidade para as empresas de rádio se tornarem donas de seus próprios destinos”, preveem os pesquisadores Tatiana Cirisano, Keith Jopling, Annie Langston e Mark Mulligan, responsáveis pelo estudo.