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ECAD DISTRIBUI

R$ 1,166 BILHÃO

EM 2022, RECORDE DE

TODOS OS TEMPOS

UBC responde por 57% do total. Valor é 36,7% superior ao de 2021 e supera, em reais, a cifra de 2017, maior até então
de_ São Paulo

A UBC anunciou uma distribuição recorde de direitos autorais pelo Ecad em 2022, R$ 1,166 bilhão, puxada sobretudo pela pujança dos segmentos de shows e festivais, além da música ao vivo. O número é maior do que o recorde anterior, de R$ 1,082 bilhão, distribuído em 2017. Em dólares, porém, aquela continua a ser a melhor distribuição já feita, uma vez que o câmbio médio de 2017 foi de R$ 3,19 para cada unidade da moeda americana, contra os mais de R$ 5,20 de agora.

Em qualquer caso, a recuperação é impressionante, da ordem de 36,7% em apenas um ano, o que mostra que o pior da pandemia ficou definitivamente para trás. Se, em 2021, os R$ 901 milhões distribuídos a 267 mil titulares nacionais e estrangeiros tiveram uma baixíssima participação dos segmentos de shows e música ao vivo, agora estas rubricas foram as que mais cresceram:

• SHOW – 245% de alta em relação a 2021

• MÚSICA AO VIVO – 155%

• STREAMING DE VÍDEO – 70%

• STREAMING DE AUDIO – 46%

“Tudo isso ocorreu em função da melhoria dos níveis de contágios por Covid e a consequente reabertura dos mercados, propiciando que voltássemos a ter grandes shows e festivais, como o Rock In Rio. Além da melhoria geral da arrecadação por conta da recuperação econômica e pela saudade que todos estávamos de nos reunirmos ao som de muita música”, disse Fabio Geovane, diretor de Operações da UBC.

Orgulhosamente, a nossa associação mantém seu claro papel protagonista na distribuição de direitos autorais de execução pública musical no Brasil, respondendo por nada menos do que 57% do valor total do Ecad.

“A UBC segue trabalhando e prestando um serviço de qualidade para seus mais de 55 mil titulares, além de dar todo o suporte ao Ecad para que continue, cada vez mais, a arrecadar e distribuir de forma profissional a toda a cadeia produtiva da música”, afirmou Geovane.

OUTRAS RUBRICAS QUE FIZERAM A DIFERENÇA

Além dos shows, houve fatos que impactaram positivamente a distribuição, como o acordo com o serviço de TV por assinatura Oi e distribuições de valores prescritos. Os detalhes do peso de cada rubrica, ou segmento de distribuição, serão conhecidos melhor em 2023, quando o Ecad publicará seu relatório anual, mas já é possível antever que, além da TV e do streaming, atuais espinhas dorsais das distribuições de direitos, shows e festivais podem ter voltado à casa dos dois dígitos de participação no bolo total. Em 2021, eles responderam por só 4% da distribuição, segundo o último relatório.

Uma análise dos números do relatório de 2021 do Ecad, divulgado no segundo trimestre deste ano, mostrou que a pandemia acelerou um movimento que já não tem volta: o enorme fortalecimento do streaming. Mas se, por um lado, a música distribuída através das grandes plataformas de áudio ajudou as indústrias culturais e criativas a não terem um tombo ainda maior no biênio mais duro da Covid-19, por outro é uma fonte pagadora de valores relativamente baixos, muito inferiores aos que vêm de segmentos fortes como a TV aberta ou mesmo os shows. Ao compararmos a arrecadação por segmento desde 2018, vemos que a TV aberta, com algumas oscilações, vem cedendo espaço na mesma proporção em que o streaming sobe.

Melhorar os valores repassados pelas plataformas, portanto, e incluir também o direito conexo (aquele dos intérpretes e músicos acompanhantes), algo que a TV aberta paga, são desafios importantes para garantir que a gestão coletiva continue a crescer.

Já o rádio, muitas vezes dado como “morto” enquanto o streaming avançava, segue firme como uma fonte pagadora vital. Em 2021, foi responsável por 11% do total arrecadado com gestão coletiva musical, contra 12% em 2020. As cifras de 2022 ainda não foram computadas. E o cinema, que vem mantendo a base de 1% do total do valor arrecadado nos últimos anos (o dado de 2022 igualmente ainda é desconhecido), tenta manter sua relevância à medida que o velho modelo da exibição em salas, fortemente impactado pelo streaming de vídeos, luta para sobreviver.

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Como mostramos recentemente no site da UBC, outros números que explicitam a recuperação pós-pandêmica têm sido chave para espalhar uma onda de otimismo em relação aos mercados musical e cultural como um todo. Entre eles, as previsões, feitas pela consultoria internacional PwC, de que o mercado de entretenimento e mídia do país fechará 2022 com receitas igualmente recordes de US$ 33 bilhões, ou R$ 173 bilhões pelo câmbio atual, e que o setor de streaming de áudio mundial alcançará US$ 36,8 bilhões (R$ 193 bilhões) em 2026, 50% mais do que os US$ 24,5 bilhões (R$ 128 bilhões) deste ano.

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