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por_ Chris Fuscaldo do_ Rio
Capa do álbum “Marshmellow Flor de Sal” Suricato
foto_ divulgação

Rodrigo Suricato:novo álbum, novos sons

Depois da experiência como frontman do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato decidiu transformar o som da sua banda Suricato. No novo álbum “Marshmellow Flor de Sal”, o folk rock ficou para trás, dando espaço a uma new wave à moda dos anos 1980. Com Carol Mathias (teclado, baixo e voz), Martha V (teclado e voz) e Diogo Gameiro (bateria), o disco tem produção de Kassin e a participação do baixista Liminha na faixa “Cada Vez Mais Louco”.

De “Foi?” até “Voltar Ao Que Era Antes”, a sonoridade é bem marcada pelas referências oitentistas do artista. Da quarta faixa em diante, entram pop rock e romantismo nas melodias. “Tudo É Um Só”, parceria com Victor Pozas, remete ao indie rock britânico. A direção criativa do projeto é da artista plástica Paula Costa, esposa de Suricato.

“Me considero uma espécie de ponte entre as gerações. Um artista contemporâneo que acredita na força de uma boa canção, em cantar afinado, tocar bem um instrumento e tratar a arte com o respeito que ela merece. Preciso estar em constante desconforto interno para seguir adiante e criar algo que me orgulhe. Foi assim na produção deste disco. Mudar é vital”, afirma Rodrigo.

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O clipe de “Cada Vez Mais Louco”

Cris Braun relança álbum cult e inclui inédita de Cazuza

Cris Braun é uma artista que surpreende. Seu álbum de estreia, o cult “Cuidado com Pessoas Como Eu”, completou 25 anos, e ela resolveu remasterizar as faixas para finalmente lançá-lo nas plataformas de streaming. A novidade é que, além do repertório já conhecido por seus fãs – a faixa-título foi tema da novela Malhação em 1998 –, Cris lança junto "Conforto”, composição inédita de Cazuza e Frejat. Descoberta pelo produtor Nilo Romero entre os rabiscos de Cazuza, a música é um blues que ganhou roupagem pop rock para acompanhar a voz doce de Braun. Lançado na época pelo selo Fullgás, de Marina Lima, o disco traz também releituras de “Brigas” (Evaldo Gouveia e Jair Amorim) e “Bom Conselho” (Chico Buarque). A capa mostra Cris com rolos no cabelo e creme facial escondendo o rosto: “A capa diz como sou: bizarra, louca, romantiquinha. E o disco é o momento que eu estava vivendo”, resume a cantora.

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A versão digital completa de “Cuidado com Pessoas...”, incluindo a faixa “Conforto”
Foto da capa do Álbum "Cuidado com pessoas como eu"
Deize Tigrona
foto_ Pedro Pinho

Deize Tigrona:novo disco e trabalho como gari

Revelação do funk nos anos 2000 – e uma das primeiras mulheres compositoras do gênero a explodir na cena nacional –, Deize Tigrona volta aos bailes e aos streamings com o álbum “Foi Eu Que Fiz”. A funkeira, que depois de cantar na Europa, sumiu devido a uma depressão, não deixou o trabalho fixo de lado: de dia, ela cumpre turno como gari. Essa mistura de vivências é o que inspira o repertório do seu primeiro disco em dez anos, lançado pela Batekoo Records e baseado não só no funk, mas também no trap e em outras linguagens eletrônicas.

“A gente que mora na comunidade, quando vai para outros ares, acha que aquele espaço não é para a gente”, declarou ela em entrevista ao jornalista Leonardo Lichote para o jornal Folha de S. Paulo, referindo-se à mistura de estilos na qual investiu neste trabalho.

Com o auxílio de produtores como JLZ, Teto Preto, DJ Chernobyl e Badsista, Deize traz temas bastante femininos para o repertório em músicas como “A Mãe Tá On”, “Monalisa” e “Sururu das Meninas”: “Eu não sei o que vocês vão sentir, mas pra mim é um privilégio ter feito essa escrita”, declarou Tigrona antes de entoar “Monalisa” em um de seus shows recentes. Em “Bondage”, Deize dá continuidado ao papo que havia iniciado no single “Sadomasoquista”, lançado em 2021 e bombado no Tik Tok.

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O visualizer de “Monalisa”

Silvia Machete,em turnê

Carioca radicada em São Paulo, Silvia Machete está rodando o Brasil com a turnê de “Rhonda”, um disco em inglês lançado em 2020, que não havia ganhado os palcos até agora e foi inspirado pela mudança de cidade da artista. Quarto trabalho autoral da cantora e compositora, “Rhonda” abandona os ares tropicalistas e dá espaço à introspecção. Com direito a uma edição em vinil translúcido, o álbum reúne 11 faixas que passeiam pelo jazz e pelo soul, sendo a maior parte delas assinadas por Silvia em parceria com o produtor Alberto Continentino. O repertório é colorido por uma versão de “With No One Else Around”, de Tim Maia. No palco, Silvia alterna intimismo com suas típicas performances nada intimistas.

“A gente esperou muito tempo, e agora finalmente chegou a hora. Convidei artistas que poderiam trazer coisas interessantes magicamente, musicalmente e visualmente”, publicou Silvia em sua conta no Instagram ao anunciar o primeiro show da turnê, realizado em setembro no Sesc Pompéia, em São Paulo.

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O álbum “Rhonda” na íntegra
Silvia Machette
foto_ João Wainer
Julia Vargas
foto_ divulgação

Lô Borges:single, álbum, doc

Depois de passar o ano celebrando o cinquentenário do Clube da Esquina, Lô Borges entrará em 2023 cheio de novidades. Além de um álbum, ele será estrela de um documentário intitulado “Lô Borges - Toda Essa Água”. Dirigido por Rodrigo de Oliveira, o filme faz um recorte biográfico da carreira de Lô Borges a partir de dois eventos decisivos em sua carreira: o fim da turnê do “disco do tênis”, em que Lô tocava pela primeira vez nos palcos a íntegra de seu mítico álbum de 1972, e a finalização de seu décimo segundo álbum de inéditas, “Rio da Lua”.

Enquanto sua vida em imagens não ganha as telas, o mineiro vai soltando pílulas do disco “Não me Espere na Estação”, que tem lançamento previsto para janeiro de 2023 pela Deckdisc. O single da vez se chama “Constelação” e traz uma pegada pop rock referenciada pela guitarra. Trata-se de uma das muitas parcerias de Lô com César Maurício, cantor e compositor que assina as letras do novo disco e que integrou o Virna Lisi e o Radar Tantã, bandas que fizeram história na cena rock nacional.

Entre uma faixa e outra, Lô subiu ao palco do Mineirão para participar do último show de Milton Nascimento da turnê “A Última Sessão de Música”, o que marcou também o último encontro em palco dos parceiros de Clube da Esquina: “Sem dúvida alguma, o domingo 13/11/22 ficará marcado como um dia muito, mas muito especial em nossos corações: a despedida dos palcos desse ser gigante, um extraterrestre, meu irmão, meu mestre, meu amor Milton Nascimento”, disse Lô.

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O single “Constelação”

Paula Toller,‘reencontro’ com Beni Borja

Beni Borja foi o primeiro baterista do Kid Abelha. Compositor do hit “Fixação”, ele saiu da banda em 1983, antes da gravação do primeiro disco e da explosão nacional. Quase 40 anos depois, Paula Toller tem um “reencontro” com ele. O single “Perguntas”, composição dele recém-lançada por ela, nos leva àqueles tempos, com uma pegada pop rock adocicada envolta pela voz nostálgica da cantora e compositora. Pudera: a faixa foi descoberta por Paula no álbum póstumo de Beni “No Meio do Caminho”, lançado em fevereiro deste ano, dois meses após a morte dele.

“Desse disco, me apaixonei por essa canção e resolvi fazer a minha interpretação. Agora que estou comemorando 40 anos de carreira é o momento de lançar. Estou muito feliz e emocionada”, disse Paula Toller em um vídeo no Instagram.

Depois de sua passagem pelo Kid Abelha, Borja se aproximou do Biquíni Cavadão e foi o empresário da banda.

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O single “Perguntas”
Paula Toller
foto_ Pedro Loreto
Passapusso, Antonio Carlos e Jocafi
foto_ Rafael Passos

Passapusso, Antonio Carlos, Jocafi:Bahia em estado puro

Um dos nomes mais fundamentais da música baiana contemporânea – Russo Passapusso, do BaianaSystem – se somou a Antonio Carlos & Jocafi, dupla que saiu da Bahia há décadas para trabalhar em tantas trilhas sonoras. Não podia ter sido um encontro mais feliz. “Alto da Maravilha”, o disco que fizeram juntos, acaba de virar show que já vem arrebatando as plateias por onde passa, como a da última recente edição do festival Radioca, na Ribeira, em Salvador.

Além das 13 faixas do álbum – todas inéditas e, em sua grande maioria, compostas pelos três, como “Aperta o Pé”, “Veneno”, “Olhar Pidão”, “Forrobodó” e “Mirê Mirê” –, o show traz outros sucessos. Destaque máximo para o samba “Você Abusou”, de Antonio Carlos & Jocafi, uma das músicas brasileiras mais gravadas no mundo, com versões em jazz, soul, rumba, pilantragem, discothèque, salsa e axé, por vozes tão variadas como Michel Fugain, Ella Fitzgerald, Stevie Wonder, Wilson Simonal, Sergio Mendes, Maysa, Sivuca, José Feliciano e Miguel Bosé.

“Esse caminho novo que Russo chamou a gente para andar reciclou Antonio Carlos & Jocafi. Aí começamos a compor juntos, também mudou nossa maneira de compor. (...) Eu diria que o BaianaSystem é uma profusão de sons que eu não conseguia antes identificar e que agora me entra no ouvido muito bem. Você aprende, o show deles é uma loucura, uma aula de sons que você não sabe de que caminhos chegam”, disse Antonio Carlos ao jornalista Pedro Alexandre Sanches, do site Farofafá.

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Momentos do ensaio anterior ao show de lançamento do projeto
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O álbum “Alta da Maravilha”

Marco Homobono
+ Gilber T= duo Disstantes

O encontro (virtual) se deu durante a pandemia: Marco Homobono em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, e Gilber T em Niterói (RJ). Quando o mundo voltou às ruas, eles se juntaram para gravar o álbum “Apocalipto”, um trabalho que radiografa as agruras urbanas com poesia e boa música. Homobono é o guitarrista, letrista e vocalista da banda Djangos e dono de outros projetos autorais. Neste duo com Gilbert T, batizado Disstantes, ele compôs letras e melodias das canções. Gilber T, dos Seletores de Frequência, músico experiente de estúdio, criou as molduras musicais e atmosferas das onze faixas de “Apocalipto”. Hip-hop, ragga, reggae, funk e outros batidões permeiam esse trabalho que, como bem explicam, propõe “uma música urbana muito antenada com o que está acontecendo na atualidade, sem eufemismos e filtros.”

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“Apocalipto” na íntegra
Marco Homobono e Gilber T
foto_ divulgação
Iara Rennó
foto_ reprodução

Iara Rennó:clipe poético para trabalhoindicado ao Grammy Latino

Tentando não recorrer a imagens e representações literais sobre os tradicionais banhos de folha, Iara Rennó construiu no clipe de “Ewe O” um universo poético único, abordando a simbologia dos ritos curativos e entidades do candomblé em meio a imagens trabalhadas no néon. A faixa faz parte do álbum “Oríkì”, indicado este ano ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, e que originou um show de mesmo nome que a cantora, compositora e produtora já está apresentando por aí. O clipe tem roteiro e direção da própria Iara e foi montado por Ava Rocha.

“Toda a narrativa do roteiro foi desenvolvida dentro de um ‘mundo das folhas’ fantástico, como se a protagonista fosse uma ‘eu-planta’, metamórfica, um ser boca-da-folha que canta e que desperta através das palavras mágicas”, explica Iara Rennó.

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O clipe de “Ewe O”
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O disco “Oríkì” faixa a faixa

Pedro Cinijoga luz na cena musical curitibana

Depois de vir lançando uma série de singles desde 2021, o cantor e compositor paranaense Pedro Cini teve a sua “Meu Vício” remixada por Deeplick e distribuída pela The Orchard, selo digital da Sony Music. Em Curitiba, Cini vem expandindo sua atuação em apresentações que vão desde seus próprios shows a aberturas de eventos de artistas como Sidney Magal, Skank, Zeca Pagodinho e Melin, esta última banda fluminense com a qual sua produção dialoga. “Abrir para esses nomes é algo que não cabe em palavras. São referências para mim”, conta um entusiasmado Pedro Cini.

O avanço fez com que o músico de 20 anos – fã de Ney Matogrosso, Ivete Sangalo e Tim Maia – atingisse a marca de música mais ouvida em Curitiba pelo Spotify com “Meu Vício”. Vale ouvir também “Vambora”, “O Vento Me Entrega Você”, “Uma Em Um Milhão” e “Ai, Ai, Ai”.

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O remix de “Meu Vício” por Deeplick
Pedro Cini
foto_ divulgação
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