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Com a bênção de Neymar, Menos é Mais mostra a força do pagode de Brasília
por_ Kamille Viola • do_ Rio • foto_ Ricardo Ribeiro

Nem Rio nem São Paulo: a atual sensação do pagode vem de Brasília. Surgido em 2016, o Menos É Mais foi apresentado ao Brasil depois que Neymar compartilhou um trecho do projeto “Churrasquinho do Menos é Mais” em seus stories do Instagram, em janeiro de 2020. De lá para cá, eles só avançaram: assinaram com a Som Livre e, entre o fim de 2020 e o início de 2021, lançaram seu primeiro trabalho com inéditas, o álbum “Plano Piloto”, com participações de Xande de Pilares e Dilsinho.

Ainda no ano passado, saiu o segundo volume do “Churrasquinho”, mais uma vez um estrondoso sucesso. Em janeiro, lançaram um piseiro, “O Mundo Dá Voltas”. Duzão (vocal) e Gustavo Goes, Jorge Farias, Paulinho Félix e Ramon Alvarenga (percussão) acabaram de voltar de sua primeira turnê internacional, nos Estados Unidos, e Goes conversou com a Revista UBC.

Vocês estão em um momento de ascensão e estão tendo a experiência de apresentar ao vivo as músicas do primeiro álbum de inéditas. Como avaliam a atual fase do Menos É Mais?

GUSTAVO GOES: Depois de tantos trabalhos apresentados na internet, do crescimento que ocorreu na pandemia, a gente vive uma fase de consolidação mesmo. Estamos investindo e pensando em projetos a longo prazo, que solidifiquem nossa carreira. Nossas apresentações também estão sendo voltadas para isso, são marcantes. A gente quer que o público volte aos nossos pagodes e também que sejam inesquecíveis nas vidas das pessoas. Então, hoje o Menos É Mais está voltado para essa fase de se manter presente no coração de quem acompanha a gente.

Vocês lançaram uma versão piseiro de “O Mundo Dá Voltas”. O que acham da mistura do pagode com outros ritmos? Pretendem fazer mais coisas?

Eu acho que o mundo converge para essa mistura de pessoas e, consequentemente, de ritmos, de culturas. Toda a indústria musical está voltada para os feats, e essa junção de ritmos, é uma tendência natural. E, como pagodeiros, mas também amantes de outros gêneros musicais, a gente resolveu fazer esse teste. Deu muito certo, a aceitação do público foi muito grande, então foi bem legal.

O pagode de Brasília está em um momento de muita visibilidade (com o sucesso do Menos É Mais e do Di Propósito). O que ele tem de diferente?

O pagode de Brasília a gente brinca que tem DNA próprio, porque, assim como o do Rio e o de São Paulo têm suas características, em Brasília a música é tratada de forma bem séria há muito tempo. Existe o Clube do Choro, existe escola de música… Então, por aqui, nas rodas de samba, nos quintais, também foi criada uma forma de se fazer pagode. O Menos É Mais é fruto disso, de grupos que passaram por aqui, que de repente não chegaram a fazer sucesso nacional, mas que tiveram uma relevância enorme.

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